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Apenas 42% das mulheres participam do mercado de trabalho

  • Foto do escritor: karinaschmidtn
    karinaschmidtn
  • 25 de jul. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 8 de set. de 2022

A última pesquisa Pobreza e Equidade realizada pelo Banco Mundial concluiu que a desigualdade de gênero continua influenciando resultados sociais e econômicos no Brasil. Atualmente, somente 42% das mulheres participam do mercado de trabalho. O relatório atrelou os resultados, também, aos papéis sociais tradicionais de gênero que aumentaram o trabalho doméstico não remunerado das mulheres e os encargos educacionais infantis durante os bloqueios escolares.


Um reflexo dessa situação é a remuneração menor que as mulheres recebem, apesar de qualificações superiores a dos homens, o que limita os benefícios do nível educacional alcançado pelas mulheres brasileiras.


Retorno desigual


Em 2021, a chance de mulheres perderem o trabalho foi quase o dobro em relação aos homens. Para a doutora em sociologia, Hayeska Barroso, o retorno às atividades foi mais difícil para mulheres por causa da não atuação do estado como rede de apoio à mulher. “A fragilidade do estado afeta visceralmente a condição das mulheres mais pobres. Não basta estar no mercado, não é só a carteira assinada ou a vaga garantida. A proteção envolve previdência, saúde e organização familiar”, ressaltou.


Para o analista político e diretor da Royal Politics, Rócio Barreto, as mulheres sofrem e são discriminadas não só no mercado de trabalho, mas em todas as instâncias sociais.

“São obrigadas a ser as chefes das famílias responsáveis pela criação dos filhos. As jornadas são maiores, seja considerando somente o trabalho fora de casa, como também a dupla jornada, pois ao chegar em casa precisam cuidar da casa, dos filhos e da alimentação. Por isso as mulheres têm maior dificuldade para conseguir trabalho comparado com os homens”, afirmou o político.

Precarização da jornada

A deterioração do mercado de trabalho diminuiu a renda domiciliar do trabalho no Brasil, com os 40% mais vulneráveis da população sendo os mais atingidos.

Isso se deve ao cenário inflacionário que piorou a oferta de empregos, principalmente aos mais pobres. Barreto defendeu que a pobreza crônica no país está relacionada à má distribuição de renda acentuada pela pandemia de Covid-19.


“Só vai reduzir a desigualdade social e só vai reduzir a fome quando houver a criação de políticas públicas que ampliem a divisão de renda. Somente com uma melhor distribuição de renda, a gente pode reduzir as desigualdades sociais no mundo e reduzir fome e estados de miséria e de pobreza”, finalizou o diretor da Royal Politics.


Fonte: https://www.contabeis.com.br/noticias/52365/mulheres-perdem-espaco-no-mercado-de-trabalho-durante-a-pandemia/

 
 
 

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